A maioria das pessoas se comporta como se o vínculo com um aparelho de telefonia celular terminasse quando o seu chip é retirado e inserido em um novo aparelho. Assim, vendem ou doam o antigo aparelho a terceiros sem maiores preocupações.
Depois de algum tempo, com sucessivas revendas, esse aparelho pode chegar aonde o proprietário original nem imagina e colocá-lo em situação bastante difícil.
As autoridades policiais conseguem relacionar o número de um telefone investigado ao IMEI do aparelho onde ele se encontra. Também se descobre os números de telefone que por ele passaram e quando um novo chip é inserido e passa a ser usado no aparelho.
Como é usual que infratores troquem frequentemente o número de seus telefones e utilizem chips registrados em nome de terceiros, a polícia pode suspeitar de todas os números que passaram pelo aparelho e chegar ao primeiro proprietário do aparelho, aquele que comprou o aparelho em seu nome, mesmo sendo ele, de fato, inocente.
Na experiência como advogado criminalista, não é raro ver pessoas inocentes sendo indiciadas e processadas por terem se desfeito de um aparelho que passou a ser usado por infratores. Portanto, cuidado!